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Vejamos, em poucas palavras, quais são suas conclusões.
Os valores não se baseiam no ser e no verdadeiro, não constituem algo “em si e para si”, mas são pontos de vista, são meramente aquilo que, a partir de determinado ponto de vista, se impõe como condição de preservação e de progresso da vida.
O devir e a vida são “vontade de potência”, e os valores estão estreitamente ligados a tal “vontade de potência”, que se impõe como fonte de todos os valores “transvalorados”.
Escreve Nietzsche: “Os valores e sua variação estão relacionados com o aumento da potência de quem põe os valores; a medida de incredulidade, de uma reconhecida “liberdade do espírito” como expressão do aumento de potência; niilismo como ideal de suprema potência do espírito, de vida riquíssima: em parte destrutivo, em parte irônico”.
A transvaloração dos valores proposta por Nietzsche comporta, pois, uma inversão dos antigos valores e um deslocamento destes da esfera da transcendência para a esfera da Saiba mais
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1. Pareceu a alguns que não se devia propor aos homens como de fé as verdades que a razão não é capaz de descobrir, visto que a sabedoria divina providencia para cada coisa o que lhe cabe, segundo a natureza das coisas. Por tal, deve-se provar que foi necessário ter-se proposto ao homem, como de fé divina, também as verdades que excedem a capacidade da razão.
2. Nenhum desejo ou cuidado se dirige para uma coisa se esta não for previamente conhecida. Ora, os homens estão ordenados pela providência divina para um bem mais elevado que o capaz de ser experimentado pela fragilidade humana da presente vida, como após se verá. Devido a isso, foi conveniente que a mente fosse atraída para algo mais alto que o atingido no presente pela nossa razão, de modo que esta aprendesse a desejar algo que excedesse totalmente o estado da presente vida, e se esforçasse para procura-lo.
Isto pertence propriamente à religião cristã, que promete de modo especial os bens espirituais e eternos. Daí o serem propostos por ela muitos bens que excedem a percepção humana. A lei antiga, que prometia bens temporais, propôs umas poucas verdades que excedem o conhecimento da razão humana.
Também os filósofos, com este intento, procuraram mostrar que há bens mais valiosos que os sensíveis, a fim de levarem os homens, desde os prazeres sensíveis, para a honestidade. Ora, com o gozo destes bens mais valiosos deleitam-se muito mais suavemente os que praticam as virtudes, tanto da vida ativa quanto contemplativa.
3. Foi também necessário terem sido tais verdades propostas à fé dos homens, para que estes tivessem um conhecimento mais veraz de Deus. Com efeito, só conhecemos verdadeiramente Deus quando Saiba mais
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Parece que o anjo não é delegado à guarda do homem desde o seu nascimento:
1. Com efeito, os anjos são enviados “a serviço em proveito daqueles que recebem a salvação como herança”, diz o Apóstolo na Carta aos Hebreus (1, 14). Ora, os homens começam a receber essa herança quando são batizados. Logo, o anjo é delegado a guardar o homem desde o momento do batismo, e não desde o nascimento.
2. Além disso, os anjos guardam os homens iluminando-os pelo ensinamento da doutrina. Ora, aos recém-nascidos não são capazes de doutrina, pois não têm o uso da razão. Logo, aos recém-nascidos não são delegados anjos da guarda.
3. Ademais, a criança no seio materno possui em certo momento a alma racional, como a tem após o nascimento. Ora, ainda no seio materno não lhe são delegados anjos da guarda, pois nem sequer os ministros da Igreja lhes conferem os sacramentos. Portanto, não é logo após o nascimento que os anjos são delegados à guarda dos homens.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, diz Jerônimo: “Cada alma, desde o nascimento, tem um anjo delegado à sua guarda”.
Ao comentar o Evangelho de Mateus, Orígenes diz que, a esse respeito, há duas opiniões. Alguns disseram que o anjo é delegado à guarda do homem desde o batismo; outros já desde o nascimento. É esta a opinião que Jerônimo aprova e com razão. Os benefícios que o homem recebe de Deus pelo fato de ser cristão começam com o batismo; por exemplo, a recepção da Eucaristia e outros semelhantes. Todavia, os benefícios que Deus dispõe para o homem pelo fato de ele ter uma natureza racional lhe são concedidos desde o momento em que, pelo nascimento, adquire tal natureza. Ora, esse benefício é a guarda dos anjos como está claro pelo que foi dito anteriormente [art. 1: “Os homens são guardados por anjos?”]. Portanto, tão logo nasce, o homem tem um anjo delegado para sua guarda.
Quanto às objeções iniciais, portanto, deve-se dizer que:
1. Os anjos são enviados a serviço eficazmente só para aqueles que recebem a salvação como herança se considerarmos o último efeito de sua guarda, que é o recebimento da herança. Todavia, aos demais homens não é negado o serviço dos anjos, embora não seja eficaz em conduzi-los à salvação. Entretanto, é eficaz na medida em que Saiba mais
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Algumas afirmações do próprio Nietzsche demonstram que a exegese de Heidegger não constitui apenas uma reflexão teórica da mensagem nietzschiana, mas um verdadeiro esclarecimento de caráter hermenêutico.
Num fragmento, que já recordamos aqui, Nietzsche afirma claramente que o niilismo consiste no fato de que “os valores supremos se desvalorizam”. Em outro fragmento, podemos ler: “o ideal foi até agora a força caluniadora do mundo e do homem propriamente dita, o sopro venenoso sobre a realidade, a grande sedução que leva ao nada…”.
Ainda em outro fragmento, intitulado Diário do niilista, esclarece-se plenamente o conceito de “ateísmo” no sentido de niilismo: “tudo existe, mas não há fins – o ateísmo como falta de ideais”.
E, por fim: “A mudança absoluta que ocorre com a negação de Deus – Não temos mais absolutamente nenhum Senhor acima de nós; o velho mundo dos valores é teológico – este é derrubado”.
Em suma, a afirmação “Deus está morto” é a fórmula emblemática do niilismo e significa que o mundo meta-sensível (o mundo metafísico) dos ideais e dos valores supremos, concebido como ser em si, como causa e como fim – ou seja, como aquilo que dá sentido a todas as coisas materiais, em geral, e à vida dos homens, em particular –, perdeu toda consistência e toda importância.
[CONTINUA]
Giovanni Reale, O Saber dos Antigos – Terapia para os tempos atuais
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O erro de toda essa discussão médica está exatamente no fato de associar a idéia de saúde com a de cuidado. Qual a relação entre saúde e cuidado? Saúde tem relação com a falta de cuidado. Em casos especiais e anormais é necessário ter cuidado. Quando estamos particularmente doentes pode ser necessário tomar cuidados para recuperar a saúde. Mas, mesmo nesse caso, apenas estamos tentando ser saudáveis para sermos descuidados. Caso sejamos médicos, falaremos com homens excepcionalmente doentes, e estes devem ser aconselhados a tomarem certos cuidados. Mas, quando somos sociólogos, nos dirigimos aos homens normais, nos dirigimos à humanidade. E a humanidade deve ser aconselhada a ser imprudente, pois todas as funções fundamentais de um homem saudável devem ser, certamente, desempenhadas com prazer e pelo prazer. Por certo não devem ser desempenhadas com precaução ou por precaução. Um homem deve comer por ter um bom apetite a satisfazer e, certamente, não por ter um corpo para sustentar. Um homem deve se exercitar não porque seja muito gordo, mas porque ama floretes, cavalos ou montanhas, e os ama pelo que são. Um homem deve se casar porque se apaixonou e, decididamente, não porque o mundo precisa ser povoado. A comida verdadeiramente renovará os tecidos do corpo, uma vez que a pessoa não pense em seus tecidos. O exercício fará alguém realmente entrar em forma, contanto que a pessoa pense em algo mais. E o casamento terá alguma chance de produzir uma geração saudável generosa se tiver origem num entusiasmo natural e generoso. A primeira lei da saúde é que Saiba mais
Extremistas muçulmanos matam 16 cristãos que liam a Bíblia
ROMA, 07 Ago. 12 (ACI) .- Uma nova ofensiva de extremistas muçulmanos contra cristãos volta a tingir de sangue uma igreja na Nigéria, onde ao menos 16 pessoas foram assassinadas enquanto liam a Bíblia na localidade de Otite, no estado federal de Kogi, na região central do país.
Uma dezena de homens armados, a bordo de uma caminhonete irromperam na Igreja Deeper Life Bible na tarde de 6 de agosto. Deixaram o edifício às escuras e blindaram a saída para disparar contra os cristãos que nesse momento estavam na metade da leitura do Evangelho, uma atividade que desenvolviam todas as segundas-feiras.
Às portas da igreja, os assaltantes se organizaram em barricada para evitar que os cristãos fugissem.
Conforme informou Agi Yushau Shuaib, porta-voz da Agência Nacional para a Gestão das Emergências (SELO por suas siglas em inglês), um grande número de cristão foram feridos entre os viandantes e estudantes de uma escola próxima, que por duração de vinte minutos, viram-se surpreendidos pelos disparos.
O jornal italiano Avvenire assinala que, embora nenhum grupo assumiu a autoria do crime, atrás do atentado estaria o grupo fundamentalista islâmico Boko Haram, relacionado com o Al Qaeda, e causador da morte de pelo menos 800 pessoas este ano, entre elas 150 cristãos.
Por sua parte, o chefe de estado nigeriano, o cristão Goodluck Jonathan, condenou os fatos e rechaçou firmemente a petição do líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, que através de um vídeo publicado no Youtube, exigiu do mandatário abandonar o poder, arrepender-se, e renunciar ao cristianismo.
O porta-voz do governador, Ruben Abati, explicou que “Jonathan é líder de muçulmanos e cristãos”, e certamente, um indivíduo ou grupo de pessoas não o obrigará a demitir.
O último episódio de violência reivindicado pelo Boko Haram, remonta-se ao domingo passado, no qual oito pessoas –seis soldados e dois civis–, morreram quando um carro bomba colidiu contra uma patrulha de militares em Damaturu, capital do estado de Yobe, ao norte do país.
Neste mesmo dia, no extremo nordeste do país, em Maiduguri, capital do estado de Borno, outros dois homens assassinados, um comando armado matou um policial e um oficial empregado de imigração.
Caravaggio, A Inspiração de São Mateus (1602), Igreja San Luigi dei Francesi, Roma
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1. Como se viu, há duas ordens de verdades referentes às realidades divinas inteligíveis: uma, a das verdades possíveis de serem investigadas pela razão humana; outra, a daquelas que estão acima de toda capacidade desta razão. Ambas, no entanto, são convenientemente propostas por Deus aos homens para serem acreditadas.
2. Neste capítulo tratar-se-á, em primeiro lugar, das verdades possíveis de serem investigadas pela razão. Assim, não será tido como vão que seja proposto para fé, por inspiração sobrenatural, aquilo que a razão por si mesma é capaz de atingir.
Ora, se essas verdades fossem abandonadas à investigação só da razão, três inconvenientes surgiriam.
3. Um primeiro, porque, se assim acontecesse, poucos homens chegariam ao conhecimento de Deus. Muitos estariam impedidos de descobrir a verdade, que é fruto de assídua investigação, por três motivos.
Alguns, devido à própria constituição natural defeituosa que os dispõe para o conhecimento; estes tais por nenhum esforço poderiam alcançar o grau supremo do conhecimento humano, que consiste no conhecimento de Deus.
Outros, devido aos cuidados necessários para o sustento da família. Convém, sem dúvida, que dentre os homens alguns se entreguem ao cuidado das coisas temporais. Estes, porém, não podem dispender o tempo necessário para o lazer exigido pela investigação contemplativa para alcançar o máximo desta investigação, que consiste justamente no conhecimento de Deus.
Outros, por fim, são impedidos pela preguiça. Ora, para o conhecimento das verdades divinas investigáveis pela razão há necessidade de Saiba mais
Leah Libresco, blogueira americana atéia, anunciou em seu conhecido site a conversão ao catolicismo
Por Salvatore Cernuzio
ROMA, segunda-feira, 30 de julho de 2012 (ZENIT.org) – É uma história maravilhosa de conversão nos nossos dias, aquela de Leah Libresco, a popular blogueira americana atéia responsável do “Patheos Atheist Portal”.
No passado 18 de Junho uma postagem desta jovem filósofa, formada em Yale e colaboradora do Huffington Post, definitivamente chocou muitos seguidores – especialmente ateus – do seu blog, chegando rapidamente a todas as partes do mundo.
“Esta é a minha última postagem” anunciava dramaticamente o título do artigo, onde a blogueira declarava ter finalmente encontrado a resposta para aquela sua “moral interna” que até agora o ateísmo não conseguia satisfazer: o cristianismo. A resposta que durante anos Leah refutava e rejeitava com “explicações que buscam colocar a moralidade no mundo natural.”
“Durante anos eu tentei argumentar a origem da lei moral universal que reconhecia presente em mim” explicou a blogueira; uma moralidade “objetiva como a matemática e as leis da física”. Nesta busca contínua de respostas, Leah se refugiou, por exemplo, na filosofia ou na psicologia evolutiva.
“Eu não pensava que a resposta estivesse ali” admite, mas ao mesmo tempo “não podia mais esconder que o cristianismo demonstrava melhor do que qualquer outra filosofia aquilo que reconhecia já como verdadeiro: uma moral dentro de mim que o meu ateísmo, porém, não conseguia explicar”.
Os primeiros “sinais” de conversão vieram no dia de Domingo de Ramos, quando a blogueira participa de um debate com os alunos de Yale para explicar de onde deriva a lei moral. Durante a explicação, foi interrompida por um jovem que Saiba mais
Heidegger
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O significado da afirmação da morte de Deus tem um alcance bem mais amplo do que o de exprimir uma forma de ateísmo comum, como Martin Heidegger demonstrou muito bem no magistral ensaio A sentença de Nietzsche “Deus está morto”.
Depois de reproduzir a primeira passagem que citamos acima, e de evocar também a segunda, justamente para explicar a menção explícita do Deus cristão, Heidegger escreve: “Essa passagem evidencia que a afirmação de Nietzsche acerca da morte de Deus refere-se ao Deus cristão. Mas também é certo, e deve ser levado em conta desde então, que as expressões ‘Deus’ e ‘Deus cristão’ são empregadas, no pensamento de Nietzsche, para indicar o mundo supra-sensível em geral. ‘Deus’ é o termo para designar o mundo das idéias e dos ideais. Desde Platão – ou melhor, desde o último período da filosofia grega e da interpretação cristã da filosofia platônica -, esse mundo do supra-sensível tem o mesmo valor que o mundo verdadeiro, o autenticamente real. Em oposição a ele, o mundo sensível é simplesmente o mundo terreno, o mundo mutável, aparente e irreal. O mundo terreno é o vale de lágrimas, em contraposição à eterna felicidade supraterrena. Se, como ainda faz Kant, entendemos o mundo sensível como mundo físico no sentido mais amplo, o mundo supra-sensível passará a ser o mundo metafísico. Assim, a expressão ‘Deus está morto’ significa que o mundo ultra-sensível não tem força real, não envolve nenhum tipo de vida. A metafísica, ou seja – para Nietzsche – a filosofia ocidental entendida como platonismo, está no fim. Nietzsche considera sua filosofia como a contracorrente da metafísica, isto é, para ele, do platonismo”.
Heidegger esclarece essa idéia numa página que é preciso reproduzir e ler tão atentamente quanto a anterior, porque chega ao núcleo do problema: “O niilismo, pensado em sua essência, é antes o movimento fundamental da história do Ocidente. Ele revela um curso tão profundamente subterrâneo, que seu desenvolvimento só poderá determinar catástrofes mundiais. O niilismo é o Saiba mais
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Parece que a todos os homens não são delegados anjos para guarda-los:
1. Com efeito, diz-se de Cristo na Carta aos Filipenses: que se “fez semelhante aos homens e por seu aspecto foi reconhecido como homem” (2, 7). Se, pois, a todos os homens são delegados anjos para guarda-los, também o Cristo deveria ter o seu. Ora, isso seria pouco conveniente, pois Cristo é maior do que todos os anjos. Logo, os anjos não são delegados a todos os homens.
2. Além disso, Adão foi o primeiro entre os homens. Ora, não lhe cabia ter um anjo da guarda, pelo menos no estado de inocência, pois não era ameaçado por nenhum perigo. Logo, os anjos não são dados a todos como guardas.
3. Ademais, os anjos são delegados à guarda dos homens para conduzi-los à vida eterna, incitá-los à prática do bem e defende-los contra os ataques do demônio. Ora, aqueles que são predestinados à condenação jamais chegarão à vida eterna. Os infiéis, por sua vez, mesmo que por vezes façam boas obras, não as fazem devidamente, por falta de reta intenção, pois no dizer de Agostinho “a fé dirige a intenção”. Enfim, a vinda do Anticristo será por operação de Satanás como diz a segunda Carta aos Tessalonicenses. Logo, não é a todos os homens que os anjos são delegados para guarda-los.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, está o texto de Jerônimo acima aduzido que diz: “Cada alma tem um anjo delegado para sua guarda”.
O homem, na vida presente, encontra-se em uma espécie de caminho que deve tender para a pátria. Nesse caminho são muitos os perigos que o ameaçam, dentro e fora: “No caminho pelo qual eu ando, armaram-me uma cilada”, diz o Salmo 142. Por isso, aos homens que andam por caminhos não seguros são dados guardas. Assim também a cada homem em sua peregrinação terrestre é delegado um anjo para sua guarda. Quando chegar ao termo da vida, já não terá tal anjo; mas no céu terá um anjo reinando com ele, e no inferno terá um demônio para puni-lo.
Quanto às objeções iniciais, portanto, deve-se dizer que:
1. O Cristo como homem era dirigido imediatamente pelo Verbo de Deus, não precisando por isso da guarda dos anjos. Em sua alma era bem-aventurado, mas em razão de seu corpo ainda passível estava na vida presente. Mesmo assim, não era de um anjo da guarda que necessitava, mas de um anjo que o servisse como inferior. Daí que se diz no Evangelho de Mateus: “Aproximaram-se anjos e o serviam” (4,11).
2. O homem no estado de inocência não corria nenhum perigo vindo de dentro, pois tudo estava Saiba mais
Depois de ridicularizar tantas pessoas, durante tantos anos, por não serem progressistas, o Sr Shaw, com um senso que lhe é peculiar, descobriu ser bastante duvidoso que qualquer um dos seres humanos bípedes existentes consiga ser progressista. Chegou a duvidar se a humanidade poderia ser combinada com o progresso, pois muitas pessoas que se satisfazem facilmente teriam escolhido abandonar o progresso e permanecer com a humanidade. O Sr Shaw, não se satisfazendo facilmente, decide jogar fora a humanidade com todas as limitações e, buscando o próprio interesse, aposta no progresso. Se o homem, como o conhecemos, é incapaz de uma filosofia do progresso, inquire o Sr Shaw, não o seria para um novo tipo de filosofia, mas para uma nova espécie de homem. É como se a babá tivesse tentado alimentar, durante alguns anos, o bebê com uma comida amarga e, ao descobrir que tal comida não era adequada, não a jogasse fora e pedisse algo novo, mas jogasse o bebê pela janela e pedisse um novo bebê. O Sr Shaw não pode entender que a coisa mais valiosa e adorável aos nossos olhos é o homem – o velho bebedor de cerveja, criador de credos, batalhador, falível, sensual e respeitável. E as coisas encontradas nessa criatura permanecem imortais; as coisas encontradas na fantasia desse super-homem morreram com as civilizações agonizantes que o criaram. Quando Cristo, num momento simbólico, estabeleceu sua grande sociedade, não escolheu para pedra fundamental nem o brilhante Paulo nem o místico João, mas um embusteiro, arrogante e covarde – numa palavra, um homem. E sobre esta pedra construiu sua Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão. Todos os impérios e reinos se desvanecerão, pela fraqueza inerente e contínua de terem sido erigidos sobre homens fortes. Mas aquilo que é único, a Igreja cristã histórica, foi edificada sobre um homem fraco, e por essa razão é indestrutível. Pois nenhuma corrente é mais forte que o mais fraco dos elos.
G. K. Chesterton, Hereges
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Guido Reni (1575-1642), Arcanjo Miguel (cerca de 1636), Santa Maria della Concezione, Roma
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1. Não há um só modo de se manifestar toda a verdade. Boécio cita-o, qualificando como muito bem dito, o seguinte texto do Filósofo: “É próprio daquele que tem a razão bem ordenada, tentar apreender a realidade de cada coisa, enquanto o permitir a natureza desta (I Ética 1, 1094b; Cmt 3, 36). Assim sendo, é necessário, em primeiro lugar, mostrar qual o modo possível de se manifestar a verdade proposta.
2. Há, com efeito, duas ordens de verdades que afirmamos de Deus. Algumas são verdades referentes a Deus e que excedem toda capacidade da razão humana, como, por exemplo, Deus ser trino e uno. Outras são aquelas as quais a razão pode admitir, como, por exemplo, Deus ser, Deus ser uno, e outras semelhantes. Estas os filósofos, conduzidos pela luz da razão natural, provaram, por via demonstrativa, poderem ser realmente atribuídas a Deus.
3. É evidentíssimo que existem verdades referentes a Deus e que excedem totalmente a capacidade da razão humana. Ora, o princípio de todo conhecimento que a razão apreende em alguma coisa é a intelecção da sua substância. Aliás, segundo ensinamento do Filósofo, o princípio da demonstração é o que a coisa é. Daí ser conveniente que, segundo o modo pelo qual a inteligência conhece a substância da coisa, seja também o modo de se conhecer tudo o que pertence a esta coisa. Por conseguinte, se o intelecto humano compreende a substância de uma coisa, seja de uma pedra ou de um triângulo, nenhuma das realidades inteligíveis desta coisa excede a capacidade da razão humana.
Porém, com relação a Deus, tal não acontece. Isto porque o intelecto humano não pode chegar a apreender a substância divina pela sua capacidade natural. Como o nosso intelecto, no estado da presente vida, tem o conhecimento iniciado nos sentidos, aquelas coisas que não caem nos sentidos não podem ser apreendidas por ele, a não ser enquanto o conhecimento delas tenha sido deduzido das coisas sensíveis.
Nigéria: 90 mortos em novo massacre de cristãos
Assassinado também um senador cristão
ROMA, segunda-feira, 9 de julho de 2012 (ZENIT.org) – A violência não para na Nigéria. Desta vez, no estado de Plateau, foram encontrados cinquenta cadáveres queimados em uma igreja. Durante os funerais das vítimas, acabou sendo assassinado também um político cristão.
Homens armados atacaram neste fim de semana diversos povoados cristãos perto da cidade de Jos. De acordo com informações da agência Nova China, as vítimas são pelo menos noventa. A agência informa ainda que os cinquenta cadáveres carbonizados foram achados em uma igreja da aldeia de Matsai, e que durante a tarde de sábado, enquanto a cidade de Jos realizava o funeral conjunto das vítimas, um grupo armado abriu fogo matando vinte pessoas.
A BBC acrescenta que, no mesmo sábado, houve diversos ataques de grupos armados contra várias aldeias cristãs. A imprensa local cita as aldeias de Kakuruk, Kuzen, Ngyo, Kogoduk, Ruk, Dogo, Kufang, Kpapkpiduk e Kai.
O jornal Herald Tribune, citando o porta-voz do governador do estado, divulgou que entre os mortos estão o senador do estado de Plateau, Gyang Dantong, e o líder da maioria parlamentar do estado, Gyang Fulani.
As autoridades acusam os pastores da tribo fulani, de religião muçulmana. Os representantes da comunidade, porém, citados pela imprensa local, negam a acusação e afirmam que foram os militares nigerianos que atacaram os membros da tribo.
Jonah Jang, governador do estado de Plateau, decretou toque de recolher noturno em quatro regiões. O presidente da Nigéria, David Mark, definiu o ataque como assassinato, afirmando: “Como nação, nós temos que nos levantar contra aqueles que querem nos fazer voltar ao estado selvagem, no qual a vida não tinha valor”.
ESCRITO POR RAYMOND IBRAHIM | 05 JULHO 2012
MEDIA WATCH
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Quando se trata da perseguição dos cristãos pelos muçulmanos, os principais meios de comunicação apresentam um longo histórico de obscurecimento da realidade. Embora possam finalmente apresentar os dados reais – se é que chegam a relatar a história, o que é raro – eles o fazem após criarem e sustentarem uma aura de relativismo moral que minimiza o papel desempenhado pelos muçulmanos.
Falsa equivalência moralUma das maneiras mais óbvias é evocar a “disputa sectária” entre muçulmanos e cristãos, frase que apresenta a imagem de dois adversários igualmente competitivos – e igualmente abusados e abusivos – lutando um contra o outro. Isso dificilmente corresponde à realidade das maiorias muçulmanas perseguindo os cristãos passivos amplamente minoritários.
Recentemente, por exemplo, no contexto do bem documentado sofrimento dos cristãos no Egito, um repórter da NPR declarou: “No Egito, tensões crescentes entre muçulmanos e cristãos têm levado a casos de violência esporádica [iniciados por quem?]. Muitos egípcios atribuem as disputas inter-religiosas a vândalos [quem?], que se aproveitam da ausência ou da fraqueza das forças de segurança. Outros crêem que os atos de violência são devidos a uma desconfiança profundamente sedimentada entre os muçulmanos e a comunidade minoritária cristã [como foi que essa “desconfiança” teve origem?]”. Embora a reportagem tenha dado ênfase aos casos nos quais os cristãos foram vitimizados, todo o seu tom – já a partir do título: “No Egito, Aumenta a Tensão entre Cristãos e Muçulmanos” – sugere que também poderiam facilmente ser encontrados exemplos de muçulmanos vitimizados por cristãos [o que não é verdade].
Relação fé-ciência é abordada em novo romance
Debate filosófico de 1270 volta como história atual
Por Antonio Gaspari
ROMA, terça-feira, 3 de julho de 2012 (ZENIT.org) – São Tomás está em Paris e preside a cátedra de teologia. Luís IX se prepara para uma nova cruzada. Tempier, bispo de Paris, está às voltas com questões de doutrina “em odor de heresia”.
Enquanto isso, em Bagdá, doze anos se passaram desde a conquista dos mongóis. A cidade está lentamente se reerguendo. No Cairo, Bayrbas consolida o seu poder, arranca Damasco dos mongóis e se prepara para apoiar o exército cristão.
É neste contexto que se desenrola o romance 1270, escrito por Giuseppe Mazzi e publicado pela If Press (www.if-press.com). Apesar dos muitos detalhes históricos apresentados, o autor afirma que é um romance filosófico, em que o verdadeiro debate é sobre a relação entre a ciência e a fé.
A curiosidade pelo tema e pelo contexto histórico do livro levou ZENIT a entrevistar Giuseppe Mazzi, ex-professor de história e filosofia.
Por que um número, 1270, como título do romance? O que ele significa?
Mazzi: Nenhum significado oculto. Esse número é simplesmente a data dos acontecimentos narrados.
Mazzi: Nenhum significado oculto. Esse número é simplesmente a data dos acontecimentos narrados.
São Tomás, Luís IX, o bispo Tempier de Paris, Al Gazali, Avicena e Averróis… Como é que todos esses personagens entram no romance?
Mazzi: São Tomás, São Boaventura e Tempier estavam vivos e ativos em 1270. Al Gazali, Avicena e Averróis estavam mortos já fazia muito tempo, mas eram Saiba mais
Mazzi: São Tomás, São Boaventura e Tempier estavam vivos e ativos em 1270. Al Gazali, Avicena e Averróis estavam mortos já fazia muito tempo, mas eram Saiba mais
Diocese pede respeito pela liberdade religiosa e pela legislação
ROMA, terça-feira, 3 de julho de 2012 (ZENIT.org) – Em vários domingos do último mês de junho, grupos mobilizados pelas autoridades locais impediram a celebração da missa dominical na capela católica de Con Cuông, distrito da província de Nghê An, na diocese vietnamita de Vinh.
Um artigo publicado em 28 de junho no site da diocese informa sobre os fatos e apela às autoridades pedindo respeito pela liberdade religiosa e pela legislação.
O contencioso entre a comunidade católica do distrito de Con Cuông e o poder local vem se arrastando há sete meses. A primeira agressão aconteceu em 13 de novembro de 2011, quando as autoridades do distrito mobilizaram uma tropa de agentes da segurança e de milicianos, num total de 300 pessoas. Equipados com sirenes e tambores, os perturbadores invadiram aos gritos a capela em que era celebrada a missa. A confusão foi tanta que os dois sacerdotes celebrantes tiveram que interromper a celebração.
Quinze dias mais tarde, uma bomba de fabricação caseira explodiu à noite na porta da capela, causando sérios estragos. Interrogados sobre os dois incidentes, os poderes públicos declararam ignorá-los totalmente. Uma investigação feita pelo governo da província não deu nenhum resultado. Pouco depois do segundo incidente, o bispo de Vinh protestou no site da diocese, denunciando as ações que
Vida vulgar, medíocre
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Somos aquilo que nosso mundo nos convida a ser, e as feições fundamentais de nossa alma são impressas nela pelo perfil do contorno como por um molde. Naturalmente: viver não é mais que tratar com o mundo. O semblante geral que ele nos apresenta será o semblante geral de nossa vida. Por isso insisto tanto em fazer notar que o mundo de onde nasceram as massas atuais mostrava uma fisionomia radicalmente nova na história. Enquanto no pretérito viver significava para o homem médio encontrar a sua volta dificuldades, perigos, escassez, limitações de destino e dependência, o mundo novo aparece como um âmbito de possibilidades praticamente ilimitadas, sem dúvida, onde não se depende de ninguém. À volta desta impressão primária e permanente vai se formar cada alma contemporânea, como em volta da oposta se formaram as antigas. Porque esta impressão fundamental se converte em voz interior que murmura sem cessar umas como palavras no mais profundo da pessoa e lhe insinua tenazmente uma definição da vida que é, ao mesmo tempo, um imperativo. E se a impressão tradicional dizia: “Viver é sentir-se limitado e, por isso mesmo, ter de contar com o que nos limita”, a voz novíssima grita: “Viver é não encontrar limitação alguma; portanto, abandonar-se tranqüilamente a si mesmo. Praticamente nada é impossível, nada é perigoso e, em princípio, ninguém é superior a ninguém”.
Esta experiência básica modifica por completo a estrutura tradicional, perene, do homem-massa. Porque este se sentiu sempre constitutivamente condicionado a limitações materiais e a poderes superiores sociais. Isto era, a seus olhos, a vida. Se lograva melhorar sua situação, se ascendia socialmente, atribuía-o a um golpe da sorte, que lhe era nominativamente favorável. E quando não a isto, a um enorme esforço e ele sabia muito bem quanto lhe havia custado. Em um e outro caso tratava-se de uma exceção à índole normal da vida e do mundo; exceção que, como tal, era devida a alguma causa especialíssima.
Mas a nova massa encontra a plena franquia vital como estado nativo e estabelecido, sem causa especial nenhuma. Nada de fora a incita a reconhecer nela própria limites e, portanto, a contar em todo momento com outras instâncias, sobretudo com instâncias superiores. O labrego chinês acreditava, até há pouco, que o bem-estar de sua vida dependia das virtudes privadas que possuísse o seu Imperador. Portanto, sua vida era constantemente regulada por esta instância suprema de que dependia. Mas o homem que analisamos habitua-se a não apelar de si mesmo a nenhuma instância fora dele. Está satisfeito tal como é. Ingenuamente, sem necessidade de ser vão, como a coisa mais natural do mundo, tenderá a afirmar e considerar bom tudo quanto em si acha; opiniões, apetites, preferências ou gostos. Por que não, se, segundo vemos, nada nem ninguém o força a compreender que ele é um homem de segunda classe, limitadíssimo, incapaz de criar nem conservar a organização mesma que dá à sua vida essa amplitude e esse contentamento, nos quais baseia tal afirmação de sua pessoa?
Nunca o homem-massa teria apelado a nada fora dele se a circunstância não lhe houvesse forçado violentamente a isso. Como agora a circunstância não o obriga, o eterno homem-massa, conseqüente com sua índole, deixa de apelar e sente-se soberano de sua vida. Contrariamente, o homem seleto ou excelente está constituído por uma íntima necessidade de apelar de si mesmo a uma norma além dele, superior a ele, a cujo serviço livremente se põe. Lembre-se de que, no início, distinguíamos o Saiba mais
Igreja Matriz de São Tomás de Aquino, Minas Gerais
Ao que afirma a tradição local, o primeiro homem branco ocidental a fixar-se na região, onde hoje se instala o município, foi um garimpeiro português, Francisco José Herégio, no ano de 1815. Mais tarde, vindo de Nossa Senhora das Dores do Pântano (hoje Boa Esperança), José Alves de Figueiredo e sua mulher adquiriram o enorme latifúndio do primitivo possuidor.
São Tomás de Aquino – MG – Vista da cidade
A fundação do povoado se deve à devoção de um sacerdote, Cônego Thomaz d’Afonseca e Silva. Ordenado sacerdote, viera o Padre Thomaz servir, em 1874, na Diocese de São Paulo, onde encarregou um escultor de renome na época, Veríssimo Bulhões, de esculpir uma imagem do santo de sua devoção, São Thomaz de Aquino. Tempos depois, foi o mesmo Padre nomeado Vigário da Paróquia de Piedade de Mato Grosso de Batatais, levando consigo a imagem para entronizá-la na igreja Matriz daquela freguesia.
Pintura na Igreja Matriz
Em 1884, transferido para a Paróquia de São Sebastião do Paraíso, já cônego conseguiu de D. Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, Bispo de São Paulo, por Provisão de 21 de agosto de 1884, a licença para erigir uma
Leon Marie Dansaert (1830-1909), O Duelo
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Parece que a bem-aventurança do homem consiste nas honras:
1. Com efeito, como diz o Filósofo no livro I da Ética: “A bem-aventurança ou felicidade é o prêmio da virtude”. Ora, a honra parece ser o máximo prêmio da virtude, como diz o Filósofo no livro IV da Ética. Logo, a bem-aventurança consiste sobretudo na honra.
2. Além disso, o que convém a Deus e aos mais excelentes parece ser sobretudo a bem-aventurança, que é o bem perfeito. Ora, o Filósofo diz no livro IV da Ética que isto é a honra, e o Apóstolo na primeira Carta a Tito também diz: “Só a Deus a honra e a glória” 1, 17). Logo, a bem-aventurança consiste na honra.
3. Ademais, a bem-aventurança é o que sobretudo desejam os homens. Ora, nada parece ser mais desejado pelos homens do que a honra, porque os homens suportam perder todas as outras coisas, mas não suportam algum detrimento de sua honra. Logo, a bem-aventurança consiste na honra.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, a bem-aventurança está no bem-aventurado. A honra não está naquele que é honrado, porém mais naquele que honra, que reverencia o honrado, como diz o Filósofo no livro I da Ética. Logo, a bem-aventurança não consiste na honra.
É impossível que a bem-aventurança consista na honra. A honra é prestada a alguém devido alguma sua excelência: e assim, é um sinal e testemunho daquela excelência que está no honrado. Ora, a excelência do homem considera-se sobretudo segundo a bem-aventurança, que é o bem perfeito do homem, e segundo as suas partes, ou seja, segundo aqueles bens que participam de algo da bem-aventurança. Por isso, pode ela acompanhar a bem-aventurança, mas nela não pode principalmente consistir a bem-aventurança.
Quanto às objeções iniciais, portanto, deve-se dizer que:
1. Como o Filósofo diz no mesmo lugar, a honra não é prêmio da virtude em razão da qual as pessoas de virtude agem, mas eles recebem dos homens a honra como prêmio, como se não houvesse coisa alguma melhor para dar. O verdadeiro prêmio da virtude é a bem-aventurança, em vista da qual os virtuosos agem. Se agem por causa da honra, já não será virtude, mas Saiba mais
Francisco de Goya, O Idiota
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Há um número infinito de imbecis. Esta verdade, que é confirmada pela autoridade de Deus (como se fosse necessária a revelação do óbvio…), é citada mais de vinte vezes por Tomás de Aquino, que a lê em Ecle 1, 15: “stultorum infinitus est numerus“, sentença de Salomão, proferida em um momento de veemente desabafo e sob os efeitos do vinho (2, 3). Os néscios – diz, por sua vez, o salmo (118, 12) – “me rodeiam como vespas”.
Os tolos não só são infinitos, mas também apresentam-se sob diversas espécies: umas mais brandas; outras, mais graves; há tolices inocentes; outras são grave pecado etc… Ao longo de toda a obra do Aquinate [1] , encontramos toda uma tipologia de tolos: asyneti, cataplex, credulus, fatuus, grossus, hebes, idiota, imbecillis, inanis, incrassatus, inexpertus, insensatus, insipiens, nescius, rusticus, stolidus, stultus, stupidus, tardus, turpis, vacuus e vecors.
Neste artigo examinaremos brevemente – em forma de pequenas notas – esses vinte e tantos tipos de imbecis apresentados por Tomás, algumas das causas, efeitos e os remédios – quando há remédio… – que ele aponta para as tolices.
Para começar, Tomás vale-se de comparações com animais. Se em espanhol “asno” designa pessoa rude e de pouca cabeça e, em português, “burro” é a primeira palavra para designar a fraca inteligência, Tomás, em vinte vezes, compara o insipiente ao jumento: porque os animais agem movidos pela paixão (o cachorro que se irrita começa a latir; o cavalo, quando tem um desejo, relincha etc. [2] ).
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